É bonito cuidar dos outros. Empatia é um dom. Mas esse impulso de sempre ajudar não é amor — é fuga.

Fuga de quem aprendeu que só vale quando é útil. Você chama de generosidade, mas é necessidade. Chama de bondade, mas é vício em ser indispensável. Sua alma cuida tanto dos outros que esqueceu de si. O cuidador que você vira não salva ninguém — ele se afoga tentando ser a boia de todo mundo.

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